"Cresçamos na graça e no conhecimento do Senhor e Salvador Jesus"
O Reino de
Deus é um reino de poder, embora quase não se fale a respeito disso, mas é uma
verdade. Reino refere-se a um domínio, autoridade ou poder, e no que respeita
ao Reino de Deus não podemos inicialmente comparar com o reino dos homens. Pois
os reinos humanos são caracterizados por despotismo injusto, arbitrário e
abusivo. O Reino de Deus é um reino de poder, mas dotado de leis justas e equilíbrio.
Nos dias
de Jesus muitos aguardavam um governo físico, político e punitivo dos inimigos
dos judeus. Todavia, Jesus os contrariou ao dizer que o Reino de Deus está nos
corações, Mc 9.1; 1Co 4.20; 1Ts 1.5. Com isso Jesus estava corrigindo a
perspectiva quanto à vinda do governo político de Deus, colocando-a no futuro,
mas afirmando-a de modo interiorizado no presente.
Certa
feita, Napoleão Bonaparte, grande conquistador, quando estava exilado afirmou
que o Reino de Cristo é o maior reino de toda Terra. Isto porque Ele governa a
partir dos corações humanos, não pela força. Contudo, não significa que no
governo messiânico não haverá coerção tanto dos demônios quanto dos homens.
Porque escatologicamente o seu governo será de paz.
Paulo ao
dizer que o reino de Deus não consiste em palavras, a primeira vista parece que
ele está se contradizendo. Porém, ele referia-se a meras palavras humanas,
promessas não cumpridas, palavras de sabedoria humana ou ensoberbecidas em que
não há a participação de Cristo, 1Co 4.16-20. Tais palavras não manifestam o
Reino e conhecimento de Deus, que deve estar internalizado nos corações.
Acerca de como se adquirir conhecimento de Deus, ao homem é
concedido duas maneiras principais. A primeira, por vias naturais como a
inteligência, consciência, natureza, etc. E a outra maneira é pela fé.O conhecimento por vias naturais embora seja verdadeiro é
limitado para o desenvolvimento de uma comunhão com Deus e da própria salvação,
etc., Rm 1.18-22. Todavia, o homem
regenerado recebe uma nova compreensão que vai além da compreensão alcançada
através dos seus sentidos, porque ela é procede da fé. Tal conhecimento a
respeito de Deus, da salvação, da eternidade, etc., acontece por meio da
constante renovação de sua mente, Rm 12.2; Ef 4.22,23.
O regenerado se esforça na aquisição do conhecimento de Deus
e de Cristo, pela fé baseado na revelação das Escrituras Sagradas, que
possibilitam salvação, comunhão e um conhecimento mais profundo de Deus, Cl
3.10. A nova criatura verdadeiramente busca e continua essa busca ao longo de
toda a sua vida, como escreveu Oséias: “conheçamos e prossigamos em conhecer ao
Senhor”, Os 6.3; 2Pe 3.18.
Infelizmente grande parte da cristandade atual não se dedica
a conhecer a Deus e a seu Reino. Temos como exemplo disso, muitas escolas
bíblicas dominicais vazias, seminários caminhando precariamente e cultos de
ensino (doutrinário) com pouca frequência. A regeneração abre a porta para esse
conhecimento que vem do arrependimento, da comunhão e de novas experiências, evidentemente
experiências com Deus. É necessário, porém que haja esforço nessa busca do Reino
e de conhecimento de Deus. Então, que “cresçamos na graça e no conhecimento”
como escreveu o apóstolo Pedro.
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