sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O que falta no Brasil


Num determinado dia um potentado angelical, responsável pela Terra Brasilis pediu uma audiência com Deus, o Todo Poderoso. E esta lhe foi concedida. Pois ele tinha de dar algumas explicações a alguns outros anjos e homens, Ef 3.10.

Então, ao chegar reverentemente
ante a presença do Todo Poderoso perguntou-lhe:
– Meu Senhor, Rei Supremo do Universo, o que está faltando para que o Senhor abençoe definitivamente o povo brasileiro com prosperidade?
– Eu dei-lhes muita terra cultivável, com reservas abundantes de água das chuvas e dos rios. Eu mantenho calibradas e reguladas as forças da natureza, as estações e as marés. Eu os tenho ajudado a afastar as pragas e doenças. Mas se eles não vão bem é porque eles não tem escolhido bons caminhos para andarem nele. A minha parte eu tenho feito até aqui, porém eles precisam aprender o que é gratidão na prática, me conhecer mais e mais e serem honestos com seus irmãos. Eles precisam observar o que já tenho dito, “não roubarás” e também “não defraudarás”. Agora vai meu mensageiro e falemos isso a eles.

segunda-feira, 25 de julho de 2011


Palavra Pastoral

Uma Carta para Deus

Você já pensou em escrever uma carta para Deus? Não se preocupe porque embora a escrita seja uma invenção dos sumérios acerca de 4.000 a.C., Deus não é analfabeto, Ele tudo sabe e fica muito satisfeito quando lhes escrevemos. Em algum momento você parou para pensar nos Salmos e o que significa? É uma coisa muito curiosa, Salmos vem do hebraico (zamar) e tem o sentido de cantar louvor, fazer música. Zamar vem de uma raiz primitiva que exprime o estalar dos dedos. Bem podemos conjecturar com esse estalar dos dedos que poderia vir de uma idéia que chamamos hoje de insight, que é a “descoberta súbita de um problema” ou mesmo, uma grande idéia. Ou a forma de marcar ritmo nos louvores, e nisso os salmos são muito bons com as suas cadências e ritmos.

Os salmos foram se avolumando, foram compilados como um caderno de louvor ao Deus de Israel e de toda humanidade. Daí surgiu o Livro dos Salmos. Esses são hinos em homenagem a Deus que celebram a sua grandeza, benignidade, soberania, mas também contam a história do povo de Deus e outros tem a finalidade do ensino. Curiosamente eles nos mostram como orar a Deus através dos cânticos e chegam a dizer, “Porém tu és santo, tu que habitas entre os louvores de Israel”, Sl 22.3. Notem que esses louvores eram compostos por pessoas como nós, assim podemos nós fazer também. Desafiamos você fazer algo parecido, será que você aceita o desafio?

Escreva num papel o quanto você ama a Deus, diga a ele o quanto você o deseja mais e mais na sua vida, enfim descreva para Ele o sentimento de temor que você tem. Isso é adoração. Em seguida, peça para ele trazer o seu reino em sua vida, família, negócios, escola, etc. Depois fale das suas necessidades, pense no seu pão do dia a dia, mas também naquela coisa grande que glorificaria o nome dele e te beneficiaria, não tenha medo de escrever nenhum pedido, a não ser uma coisa que o desagrade, que seja pecaminosa e que venha lhe afastar da sua presença. Aliás, quando você estiver nesse ponto poderá sentir ondas de alegria, paz e quebrantamento. É muito importante que nessa carta seu coração esteja limpo de mágoas, perdoando quem quer que seja, para que sua comunicação não fique interrompida. Agora que você pediu coisas grandes, impossíveis, realização de sonhos creia e lhe agradeça por tudo de bom que lhe tem acontecido, saúde, família, fé, igreja, estudos, etc., vai da sua memória e criatividade. Termine essa carta louvando a seu NOME. Agora faça uma cópia dessa carta e traga para a igreja na quarta-feira, na campanha uma “carta para Deus” e deixe-a sobre o altar. E estaremos juntos orando sobre a sua carta.

Pr. Ronaldo 22.06.2011

terça-feira, 5 de julho de 2011


A paz meu irmão,

Você sabe dizer se a expressão reino de Deus e reino dos céus em Mateus, ocorrem tb no original como sinônimos ou são um recurso de tradução pra evitar a redundancia?
Abs.

Resposta:

A paz do Senhor, meu amado.
Devemos levar em conta alguns cuidados que os autores tiveram ao escrever os evangelhos. O primeiro era a quem se destinava prioritariamente a obra, comecemos pelo evangelho de Marcos que segundo se crê foi o primeiro, se bem que a evidência externa a obra mais antiga que se tem notícia é a de Mateus (talvez Papias). Quando, embora não haja nenhum autógrafo explícito no evangelho de Marcos, a tradição dos Pais da Igreja (PATRÍSTICA) recaem sobre ele desde os primórdios não havendo nada que desabone essa crença. João Marcos é sobrinho de Barnabé e sua mãe, Maria, era de Jerusalém onde os crentes se reuniam num cenáculo (terraço de sua casa). João Marcos escreveu esse evangelho em Alexandria, em grego, visando a evangelização dos romanos e é claro, os de Alexandria também. Por isso ele escreve REINO DE DEUS à vontade, pois seus destinatários eram os helenos, pessoas de fala grega, tidas como cultas, refinadas. Se bem que o grego empregado era o popular (koiné).
O evangelho de Mateus, segundo se crê foi escrito em aramaico e destinava-se portanto ao povo da palestina, de Israel, ele foi escrito a partir do de Marcos, buscando fazer algumas possíveis correções nos relatos, a preocupação de Marcos era com a fidedignidade dos fatos, já Mateus num tom mais didático, mais teológico, procura provar que Jesus é o Rei messiânico prometido, logo ele tem como critério a expressão REINO DOS CÉUS, que por cuidado, escrúpulo dos ouvintes evita a expressão REINO DE DEUS, que ficaria tão repetida.
Alguns explicam que tais expressões tem diferença entre si colocando-as num plano escatológico, que se seguir a rigor vai ver que não concorda, por exemplo, REINO DE DEUS, é o reino de Deus entre os homens e hoje; enquanto que REINO DOS CÉUS é escatológico e diz respeito a vinda do Messias em glória. Em algum texto isso é aplicável, mas a luz dos evangelhos meu amigo, não bate mesmo. Logo tal assertiva não passa de palha. Esse é um assunto que já venho pesquisando a anos e sei que há muita balela por causa também da lente denominacional que cada um de nós usa, o que ajuda, mas também atrapalha querendo aplicar essa palavra a sua denominação. Hoje temos até a IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS, se bem que cada um põe o nome que quiser no seu movimento religioso. Porém, a primeira vista dá uma impressão de que o REINO DE DEUS é aquela denominação religiosa, quando não é.
Na verdade o REINO DE DEUS ou REINO DOS CÉUS envolve tudo sobre o domínio de Deus, e o que não está sob o seu domínio? A Igreja cristã é uma das muitas fazendas do rico REI CELESTIAL, DEUS. Sei que isso deve dá um nó na cabeça de alguns ou muita gente, mas é a verdade.
Meu caro irmão, me desculpe mas me empolguei com o assunto e minha mente e dedos ficam muito estimulados com o assunto. Espero que tenha respondido a contento, apesar das aparentes digressões. Vou aproveitar para colocar essa questão no meu blog.
No Amado de nossas almas, graça e paz.
Pr. Ronaldo

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O LEGADO DE PAULO À CRISTANDADE

Nos dias em que vivemos não muito diferentes dos dias de Paulo de Tarso, em que a cultura greco-romana dominava por toda a parte do Império Romano, mas principalmente nas grandes capitais e centros urbanos do mundo antigo. Havia um modus vivendi voltado para o comércio em larga escala, para tecnologia que proporcionava todos os confortos possíveis para aqueles tempos idos de então, para a política de dominação, etc., enfim uma época em que a maioria esmagadora se voltava para o ter, exceto alguns filósofos estóicos, epicureus e alguns religiosos. Sim, esse era o pensamento, possuir bens materiais, conquistar poder, alcançar todo o luxo como vivemos hoje. Não que essas coisas em si sejam pecaminosas, mas com elas as pessoas se voltam totalmente para si mesmas.

É no contexto desse mar social e político conturbado, pecaminoso, difícil, de incredulidade e perversão moral que surge Paulo trazendo uma escandalosa mensagem. Essa mensagem trata de um Cristo judeu morto e é absurdamente representada numa cruz, que havia ressuscitado dias depois. Isso era algo muito louco para os refinados de cultura helênica, e algo estupidamente escandaloso para os judeus de tradição religiosa já milenar. Na verdade haviam oradores de maior eloquência que a dele, como por exemplo Apolo, um cristão natural de Alexandria no Egito. E mesmo, Pedro, o grande apóstolo que conviveu física e diretamente com Jesus de Nazaré, seu mestre, homem eloqüente e de milagres. Entretanto, nenhum homem conseguia superar Paulo em sua visão pioneira e missionária. Apesar dele respeitar a todos eles considerando-os obreiros da Seara do Senhor, assim como ele mesmo.

O legado de Paulo constituiu-se no trabalho firme, constante e superabundante, como desafiou os cristãos de Corinto a trabalharem também da mesma forma. Paulo era um seareiro esforçado no calor do sofrimento, como atleta se afadigava quase a exaustão a fim de que o evangelho fosse anunciado, interiormente se agonizava como uma parturiente até que Cristo fosse formado em seus “filhinhos” na fé, Gl 4.19. E como pai espiritual orava intensamente e ansiava que deveras seus filhos se parecessem com Jesus Cristo a quem procurava imitar, 1Co 4.16; 11.1. Paulo lutava por desenvolver uma fé viva, sem misturas quer fosse no comportamento ou no campo das idéias. Sua filosofia era estritamente baseada em Cristo Jesus. Sincretismo, não era necessário, pois as boas novas são completas em si mesmas de maneiras que quem bebesse dessa água espiritual ficaria satisfeito, pois se faria nele uma fonte para a vida eterna.

Ao contrário do que alguns poderiam pensar ele não aceitou docilmente a fé em Jesus de Nazaré. O Saulo da cidade de Tarso fora um perseguidor dos seguidores daquela nova seita chamada de “o caminho” inicialmente. Participou da morte de Estêvão e foi reconhecido por Lucas, o escritor de Atos, como aquele que assolava as igrejas. Mas quando ainda era um perseguidor notável Jesus Cristo apareceu para ele como uma luz mais forte que o sol e com isso ele sofreu uma mudança radical, passando a seguí-lo. Mas consta no legado de sua conversão que agora o ex-assolador era objeto de cuidado recebendo a cura da cegueira física pela imposição das mãos de um certo cristão chamado Ananias, batizando-o imediatamente em seguida. Não demorou muito e Paulus, seu nome latino, teve grande progresso espiritual, convivendo com outros fiéis, examinando as Escrituras, pregando e defendendo o evangelho em Damasco para onde fora perseguir os cristãos. Passado muitos dias ali a repercussão de seu trabalho incomodou a liderança religiosa local a tal ponto que planejaram matá-lo, sabendo disso escapou num cesto.

Foi Paulo para Jerusalém mas era a princípio rejeitado, por causa das marcas profundas que havia deixado em muitas famílias perseguidas, afinal pairava uma dúvida: se de fato ele se convertera ou sua aproximação não passava de um embuste? Barnabé, um magnânimo, apelidado de filho da consolação foi a pessoa que se encarregou de apresentar Saulo Paulo de Tarso ao grupo apostólico eliminando assim qualquer suspeita quanto a sua pessoa. Pôs-se a trabalhar em Jerusalém e na Judéia, mas teve que sair de lá para não morrer na mão dos opositores. Voltou então para a excelente Tarso da Cilícia onde nascera e ali se entregou ao ofício de construtor de tendas.

Estando Paulo em Tarso não demorou muito para que Barnabé, o homem que assumira a primeira igreja fora dos termos de Israel, quer dizer, em Antioquia da Síria fosse procurá-lo para ser o seu assistente de talento. Barnabé sabia que ele era um vaso mui valoroso e próprio para aquele momento. Passado algum tempo em que estavam em Antioquia Barnabé e Paulo foram vocacionado pelo Espírito Santo, assim ele tornou-se o missionário ao lado de Barnabé, tendo como auxiliar de ambos a João Marcos. Paulo como missionário era um comunicador ousado do evangelho e por causa disso sofreu espancamento, apedrejamento, etc., já na primeira viagem missionária. Mas a custa de muito sofrimento junto a Barnabé fundou várias igrejas por onde passou.

Depois disso, passado algum tempo, surgiu a questão do rito mosaico da circuncisão, cuja pretensão era de se impor as leis cerimoniais e ritos nos fiéis gentios, mas Paulo ao lado de Barnabé se posicionou firmemente como advogado dos gentios. Mas tarde prosseguindo no trabalho missionário considerou-se “doutor dos gentios”.

Visando ampliar o trabalho, estava sempre de olhos abertos para identificar obreiros para a seara do Mestre, assim tornou-se um desenvolvedor de talentos tais como Silas, Timóteo e até João Marcos veio a se tornar um obreiro de valor para ele com o passar do tempo. O pregador e apóstolo dos gentios tinha uma personalidade forte sem deixar de ser apaixonado pela igreja, mesmo quando alguns falavam bobagens, desafiavam a sua autoridade ele continuava amando, como disse certa vez: “eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado”, 2Co 12.15. Ele conseguia proceder assim pelo fato de ser um homem de oração e jejuns, sendo portanto uma pessoa de profundas revelações do Senhor Jesus Cristo e no trato para com a sua igreja.

Depois que Paulo teve no Areópago quando tentou ganhar alguns pensadores para Cristo utilizando-se de sua profunda sabedoria, dali em diante algo aconteceu que ele se tornou um homem de milagres abundantes de todos os tipos. Já no fim de sua vida ainda trabalhava quando foi preso repentinamente não podendo levar consigo seus pertences, por isso sentia frio e pediu para que Timóteo lhe levasse a capa por causa do frio próprio da estação e os pergaminhos com os quais aqueceriam a sua mente e fortaleceria o seu coração.

Eis aí o legado de um mártir que primou sua vida em ser, constituindo-se assim uma mensagem viva de Cristo Jesus, como gostava de chamá-lo, para sua geração e toda a posteridade subsequênte. Em seu tempo não havia campanhas de fé misturadas com as crenças locais, nem havia megas arrecadações para gerar uma apoteose de si mesmo ou de seu ministério. Ter o evangelho como fonte de lucro, seria para ele uma coisa abominável, que procurava lembrar a seus seguidores as palavras de Jesus, “mais bem aventurada coisa é dar do que receber”. Na verdade ele deu toda sua vida em prol do evangelho, sofrendo no último minuto de sua vida um único golpe certeiro do machado de seu executor em seu pescoço que dessa forma interropeu a sua vida, mas com a esperança eterna de um guerreiro da cruz: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé”, 2Tm 4.7. Essas foram suas palavras dias antes de morrer.

A Deus toda honra e glória para sempre. Amém.

domingo, 26 de junho de 2011


Veja o email que recebi de um colega:
Olá Pr. Ronaldo, veja o vídeo que demonstra o analfabetismo e consequentemente a má interpretação bíblica em Oséias 3.1 que resulta dele: http://www.youtube.com/watch?v=Rzri_iE2jl8&feature=player_embedded
Evidentemente, resolvi dar uma olhada e veja a minha conclusão no email respondido que o reproduzo a seguir:

Olá meu amigo

Vi o vídeo e ri bastante para não chorar é claro, mas veja o que é a Bíblia na mão de quem não domina as regras de ortografia. É um perigo. Simplesmente, um indivíduo desse jamais poderia ser pastor. Entretanto, não é a primeira vez que ouço isso e sim a segunda. Certa vez presenciei um colega de ministério fazer o mesmo trocadilho, de adúltera por adultera numa classe de estudo, coincidentemente no mesmo texto. E o mesmo passou a defender em seguida que, Deus orientou o profeta Oseias adulterar. Todos ficaram estarrecidos olhando a afirmativa dele, todavia o palestrante lhe disse: "Irmão aí tem um acento, e você se esqueceu de observar isso". Quando ele se deu conta da tolice que havia falado em meio a outros obreiros, nunca mais retornou àquele núcleo de estudo de tanta vergonha pela garfe cometida. Faz-se necessário ter cuidado maior na seleção de obreiros e observar esse detalhe, para que este não fique envergonhado e nem envergonhe o evangelho de Cristo. Afinal, com o rótulo de líder, ou pastor evangélico as pessoas menos esclarecidas acabam colocando todos no mesmo saco, e bem sabemos que não é assim em qualquer segmento.

quarta-feira, 15 de junho de 2011


Um amigo meu em enviou o seguinte email:

Paulo nos fala de uma luta interna vivida pelo indivíduo contra o pecado. O líder ao ministrar sobre seu rebalho, mesmo sem um contato direto, apenas pela palavra ministrada nos cultos, participa desta luta de cada individuo e até é atingido por ela?
"Santo" Agostinho no ano de 380 d.C. nós falava desta luta no inicio de sua caminhada:

“Quando pensava em me consagrar por inteiro ao Teu serviço, Deus meu, era eu quem queria fazê-lo, e eu quem não queria fazê-lo, era eu mesmo, e porque não te queria de todo, nem de todo não te queria, lutava comigo mesmo e me rasgava em pedaços”.

Em resposta, segue:

O líder na luta contra o pecado, antes de assumir qualquer responsabilidade de liderança passa primeiro pelo seu campo pessoal de provas. Para depois, quer seja no seu aspecto interior ou exterior, ser como um médico ou bombeiro, ou seja, o que mais se expõe a perigos próprios do ofício na tentativa de salvar os outros. Alguns perigos comuns são durante o aconselhamento: não vigiar os seus pensamentos, no púlpito a vaidade pessoal ou manipulação dos outros, em casa a perda de paciência por causa da enorme carga psicológica que ele (o pastor) adquire com o tempo. Com o passar do tempo, o outro perigo é o da insensibilidade, falta de compaixão com os problemas alheios e a própria negligência quanto a devoção pessoal e leitura variada. Tudo o que falo são aspectos práticos que o pastor carrega consigo e que não se é falado, na verdade Deus precisa de um pastor humano, muito humano, para que possa entender as lutas interiores de suas ovelhas e as que virão a ser. Na verdade, a ele são reservadas provas especiais, como alguém treinado numa "tropa de elite" para que possa suportar tais pressões: interiores, infernais e sociais. Cuja finalidade é, que sendo homem possa ter compaixão de outro homem.

Na verdade as crises de desânimo são amigas constantes que um líder passa calado, não procurando demonstrar suas fraquezas, como uma mãe em grande necessidade que evita demonstrar fraqueza para os seus filhos, a fim de que eles não se desesperem. Mas há casos também por orgulho, ou ter tido um discipulado fraco, e aí o perigo para ele e o rebanho se torna pior.

Particularmente não acho que um pastor ou líder deve ter resposta para tudo o que buscam, essa é uma grande tentação interior, mas que ele deve ouvir os lamentos e ser apenas solidário com as ovelhas de seu rebanho, isso já é suficiente. Outro grande perigo são as dependências emocionais que algumas pessoas formam em torno do líder e ele passar a gostar disso. Se ele não tiver cuidado, isso o devorará drenando todas as suas energias psicológicas, e aí então ele precisará ser decidido, resignado e dar um basta na situação.

É meu amigo, já tenho 18 anos de ministério pastoral e 29 anos de fé, enfim já passei muita coisa. Mas quanto a luta que Agostinho de Hipona fala é real e chega o momento que o líder "está além da linha do desânimo, e tem que prosseguir assim mesmo". Sei que sobre o assunto eu escreveria um livro! Porém, vou ficar por aqui.

Até a próxima.

(15.06.2011)