quinta-feira, 19 de julho de 2012

ELEMENTOS GERADORES DA HARMONIA NA IGREJA E FAMÍLIA


COMO BUSCAR A HARMONIA - III




Ef 5:2 - E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.

Precisamos de elementos supremos que nos inspire o coração e que nos interiorize o amor verdadeiro, o amor de Cristo Jesus. Não é suficiente entender que se precisa da harmonia congregacional e familiar. Nem é suficiente saber que o principal elemento gerador dessa harmonia é o amor. É necessário andar na prática constante dele. Como o trocar dos passos numa caminhada, como um exercício constante que é o próprio andar.
Esses elementos supremos que nos inspiram o coração, que nos interiorizam o amor de Deus são os elementos geradores da harmonia. Eles se dividem em três aspectos abordados no texto paulino: 1) mandamento prático, “andai em amor”; 2) Em que se baseia esse amor, “como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós”; 3) De que maneira ele nos amou, “e se entregou... em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave”. Agora vejamos um pouco de cada um desses elementos.
O mandamento prático “andai em amor” não é coisa totalmente nova. Na Lei Mosaica já se determinava: “amarás o teu próximo como a ti mesmo”. O sucesso do relacionamento entre os indivíduos hebreus dependeria da observância desse princípio. A própria grandeza da nação se estabeleceria por meio da prática da Lei que se resume no amor. Esse é o elemento agregador dos cristãos, Jo 17.21. O sucesso do Corpo de Cristo e a sua grandeza no mundo seriam conhecidos através do amor, Jo 13.35; At 4.32-35.
Para os judeus não havia novidade em tal mandamento, posto que a Lei se resuma no amor. Porém, a grande novidade e diferença se encontram no eixo sobre o qual esse amor deve existir e se movimentar. E esse eixo é “como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós”, Ef 5.2; Jo 15.12-13. Observe que antes o eixo era, amarás o próximo como a ti mesmo, mas agora o eixo desse amor é amarás o próximo ou uns aos outros como eu vos amei, Jo 13.34; 15.12,13. Esse amor não é teórico e sim totalmente prático, mas diferentemente da Lei, os servos de Deus tem um exemplo supremo hoje. O exemplo de Cristo que existiu entre nós e se entregou por toda a posteridade humana. Tanto para ser-lhes um exemplo, como para conceder-lhes salvação.
O amor que devemos viver é, portanto, baseado no exemplo de entrega de Jesus Cristo. Mas não apenas isso, pois Paulo vai um pouco mais além entrando em detalhes de como foi essa entrega. A entrega do Mestre é um modelo do amor que devemos desenvolver em nossas igrejas e famílias. Ela consistiu numa oferta e sacrifício a Deus em cheiro suave, como se fazia no templo de Jerusalém diariamente. A igreja cristã, o Corpo de Cristo, se relaciona com Deus, o que alguns estudiosos chamam de relacionamento vertical. E também se relaciona entre si, denominado de relacionamento horizontal. O grande ensinamento de Jesus e de Paulo é que mesmo no relacionamento horizontal, ele deve ser uma oferenda a Deus em cheiro suave.
O amor da igreja é o amor de Cristo não apenas direcionado a Deus, mas entre os indivíduos que a compõem. O amor da igreja entre os indivíduos embora seja uma relação social, deve ser encarada como uma oferta a Deus. Esse amor é e será expresso de diferentes maneiras, através da esperança, da tolerância, da bondade, da gentileza, etc. Contudo, energizado pelo poder e presença do Espírito Santo. Haveria menos ou nenhuma queixa se os membros do Corpo de Cristo andassem em comunhão mais efetiva com o Espírito. Se aprendessem que nossos relacionamentos não devem apenas ser considerados um sacrifício em prol dos outros, ainda que seja. Mas, sobretudo um sacrifício destinado a Deus.
Enfim, esses elementos que geram vida e harmonia no Corpo de Cristo devem ser engrenagens que jamais param. São como pernas que não devem parar nunca, para que a igreja local ou geral jamais se atrofie. A estagnação dessas engrenagens representaria a parada desse maquinário vivo no âmbito local. Isso representaria a perda da salinização tornando-a inútil em seu papel no mundo. Deus nos guarde disso em seu amor.

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