sábado, 7 de janeiro de 2012

Divórcio, internet e as redes sociais no banco dos réus


A internet através das redes sociais e outros sites tem sido apontados como desencadeadores de muitos divórcios. Consequentemente ela tem-se assentado no banco dos réus e recebido severas acusações como a principal responsável pela separação de um terço dos casais (através do Facebook). Contudo, seria injusto não admitir os benefícios que ela tem trazido ao fazer ruir muitos governos despóticos e totalitaristas no norte da África, e agora na Síria os protestos e mortes prosseguem.

Antes, a grande vilã do comportamento social, matrimonial e familiar era a televisão e sobre ela escreveu-se muitas matérias. Contudo, isso não significa que a televisão tenha se tornado inofensível. A verdade é que antes da existência dessas maravilhas virtuais as sociedades estavam integradas de forma mais dinâmica e menos virtual. Ainda assim o divórcio existia e era bem recorrente, porém não se compara com o que se presencia hoje em dia. Mas será que a internet, o Facebook e afins são tão nocivos assim a sociedade? Isso é o que veremos nessa matéria.

Depois do próprio dinheiro, a tecnologia tem sido o “DEUS DESTE SÉCULO”, aquele fogo mitológico que Prometeu roubou a ZEUS e o trouxe aos homens possibilitando assim a tecnologia ao homem. O que fez o ser humano esquecer de se preparar para o dia de sua morte, para vida além. Em nenhuma época isso é mais real do que a nossa. Pois a forma vertiginosamente tão rápida com que se lançam novas tecnologias no mercado, torna cada qual lançada obsoletas as anteriores. Isso faz com que muitos considerem também obsoletos os conceitos utilizados para nossa sociedade contemporânea, inclusive o de casamento e família. Tornando esses laços tão fundamentais a saúde de nossa sociedade facilmente substituíveis, por exemplo, caso um relacionamento não funcione troca-se, é descartável, arruma-se outro (a).

Vivemos um tempo profético, lembre-se disso. Quando nos voltamos para as profecias bíblicas, principalmente apocalípticas vemos que João contemplou a Grande Meretriz que reinava, e tinha em suas mãos os reis da terra, e mercantilizava almas entre outras coisas. Babilônia trata-se de um código atribuído a um poder constituído, atribuído a Roma dos dias joaninos, mas também a filosofia e comportamento vivido nos últimos dias, Ap 17-18. Dentre as tantas coisas que a Grande Meretriz se vangloriava era a de mercadejar almas. Para essa meretriz não interessa a preservação da família, o que interessa é o poder, o controle das almas humanas distanciadas de Deus. O que ela oferece em troca “é o espetáculo que se alimenta das intensidades” seculares ou mundanas, tais tem sido as redes sociais em muitos aspectos. Mas ainda que essa visão seja verdadeira a responsabilidade é individual.

A internet, redes sociais e afins tem o poder dar visibilidade aos anônimos. Há uma sede de reconhecimento contida interiormente em que o ser enxerga como a grande oportunidade de satisfação. Antes o que era vivido dinamicamente entre alguns, os fatos da vida pessoal apenas para compartilhado entre parentes, vizinhos e amigos, mas com certa reserva. A não ser, é claro caso essa pessoa fosse famosa, assim fatos e fotos eram mais facilmente tornados público. Porém hoje esses fatos tornam-se públicos por decisão de muitos que os querem assim. Dessa feita, coisas muitos pessoais e prazerosas como frequentar clubes, mostrar fotos com trajes de banho a beira de piscina ou no mar tornaram-se coisa banal. Afinal, não fazem assim os artistas e celebridades?

Jovens, homens e mulheres curtem bastante dar essa liberdade aqueles que acessam as redes sociais de verem suas fotos íntimas, curtindo a valer, sem qualquer problema. Há imagens compartilhadas por homens e mulheres a amigos ou a todos indistintamente nas redes que são bastante sensuais. Agindo assim não se dão conta muitas vezes que tais imagens podem despertar a cobiça na mente de alguns que visitam a sua página pessoal. Parece que saímos do assunto não é? Mas a verdade é que essa exposição exagerada passado algum tempo pode ganhar vida contra o próprio casamento em momentos de crise, ou mesmo gerá-las. Na verdade é possível que tais exposições seja indicativos de que tal crise já esteja instalada no relacionamento, de que certas carências não estão resolvidas.

Essas maravilhas chamadas Msn, Orkut, Facebook, blogs, entre outras prestam grande serviço social e até espiritual, quando bem usadas. São ferramentas poderosas de aproximação de pessoas através de som, imagem e do teclado, em que através do qual alguém pode passar horas a fio conversando e jogando simultaneamente. A internet é esse mundo virtual que aproxima, que dá visibilidade, que entretêm, que comunica abundantemente. Porém se um casal não tiver cuidado crises poderão ser geradas ou acentuadas através dessas ferramentas.

Uma coisa é certa, como ferramenta ela foi criada para o seu serviço e crescimento, mas quando utilizada inadequada, negligente e imprudentemente torna-se um perigo. Por exemplo, uma pessoa fica tempos e horas conversando com alguém que não é seu cônjuge, troca fotos, troca cartões imagine você onde a coisa vai parar? Todos sabemos que adultério não se constituí em ir apenas para cama com alguém que não é seu cônjuge, mas também o é quando se defrauda o marido ou esposa com tempo gasto com outra pessoa. Quantos envolvimentos emocionais e paixões são acesas fora do casamento por uma exacerbada exposição? Muitos, a falta de vigilância e prudência tem levado muitos casamentos ao cemitério da existência.

Como será que essas coisas começam? As vezes alguém encontra um conhecido de infância, colega de escola e aí passa a ter encontros periódicos na internet, quando seus casamentos coincidentemente estão em crise. E aí a imaginação voa, pensamentos mórbidos passam a ser despertados e depois passam a existir no mundo real e então, o casamento se acaba. Para aqueles que tem temor a Deus, parem com isso, não flertem, não defraudem nem traiam seus namorados ou cônjuges, Deus de todas essas coisas é juiz!

Enfim, concluo dizendo que a vulnerabilidade pessoal fica mais evidente através das redes sociais. Mas seria elas as maiores responsáveis pelas crises e divórcios? Claro que não, por mais que as endemonizemos e as condenemos. A raiz do problema está na mal utilização dessa ferramenta, que é a falta de domínio próprio entre outras coisas. Mas que lamentavelmente é tão celebrado hoje.

Aos meus leitores digo, se não houver nenhum imprevisto até terça-feira eu concluirei essa matéria falando sobre OS VERDADEIROS VILÕES DO CASAMENTO.


Em Cristo, Pastor Ronaldo.


Um comentário:

  1. Olha,as redes sociais,a internet em si,tira o tempo q deveria ser aproveitado e curtido juntos,isso e uma grande verdade!
    Mas,em contrapartida,mtas das vzs,passa-se mto tmpo online,por estar passando por carencia afetiva,e ai q mora o perigo,pq tenta-se substituir a falta de atençao,q e causado pela correria do dia a dia!
    Nós q somos casados,devemos sempre ter a preocupação de dividirmos com nosso parceiro,um tempo de atençao agradavel,prazerosa e limitando assim essa "necessidade" de estar tanto tempo em redes sociais!

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