Facilmente muitos se emocionam com
o choro de um recém-nascido que é entregue a sua mãe após o parto. Para alguns
é um momento tão feliz que o conduz às lágrimas. Naquele momento quem presencia,
se distancia um pouco do sentimento de incômodo do bebê para celebrar uma
manifestação espetacular da vida. Quer dizer, mais um ser comporá o nosso mundo
social com todos os seus desafios.
Jesus falou sobre algo muito
semelhante chamado de novo nascimento em João 3. Por meio de uma símile,
linguagem esta que determina semelhanças entre duas coisas diferentes, o Mestre
de Nazaré disse a Nicodemos sobre a importância de ele nascer de novo: “se
alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”, Jo 3.3. É um assunto surpreendente e desconhecido para
um conhecido mestre em Israel, Nicodemos sabia que houvera nascido uma vez, sua
existência e autoconsciência era uma prova disso. Ele já era um homem que
considerava-se velho e então pergunta aquele a quem viera entrevistar acerca
disso: “Como pode um homem nascer, sendo
velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?”
A resposta que Nicodemos teve do
Mestre Jesus não foi muito clara, elucidativa, mas veio acompanhada de maiores
detalhes: “Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito
não pode entrar no reino de Deus”. Essa fala além de acrescentar detalhes,
também trouxe um tom ameaçador para um judeu que aguardava o reino de Deus.
Longe de pensar estar desqualificado para entrar no reino do Messias. Como
fazer para entrar nesse reino glorioso de poder e glória tão almejada naquele
tempo? O Senhor Jesus prossegue em sua fala e a sua mensagem vai se tornando
mais nítida: “O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é
espírito. Não te admires
de eu te dizer: importa-vos nascer de novo”.
O novo nascimento nada tem a ver
com nascimento físico, a não ser a linguagem analógica, a comparação. Cada
semente foi determinada a produzir segundo a sua espécie, semente animal,
animal; semente vegetal, vegetal e semente espiritual, espiritual. Quando Jesus
diz que o que é nascido do Espírito é espírito, logicamente ele está se
referindo a filhos do Espírito Santo. A palavra usada aí para Espírito é “pneumatos”
que significa espírito, vento ou mesmo respiração. Se alguém nasce do Espírito,
logicamente é do Espírito de Deus, do vento de Deus ou da respiração de Deus
enfim, nasce para o reino celestial. Embora, pareça exagero, isso significa que
quando isso acontece a alguém é um sublime privilégio, pois se torna nascido do
céu e no céu. Esse texto de João é por demais profundo, ele não se esgota com a
tradução feita por Almeida, a expressão “novo nascimento”, pode ser traduzida
por “de cima ou de um
lugar mais alto”.
Quem nasce de novo ou do céu é natural se interessar pelas
coisas que são dessa nova origem. Um novo e genuíno nascimento também costuma
vir acompanhado de choro, como um bebê que nasce na maternidade ou noutro
lugar. Os primeiros momentos dessa nova vida costuma vir acompanhado de
lágrimas de mover íntimo de Deus na alma, e a pessoa agora tem uma nova família: A família de Deus. Seus interesses e toda a
sua vida será tocada por essa nova experiência. O arrependimento sincero e
profundo costuma a gerar quase sempre essa experiência. Esse arrependimento pode
ser descrito como uma dor por esse alguém ter caminhado toda uma existência sem
Jesus Cristo, de ter cometido tantos e tantos pecados e desperdícios. Mas agora
encontrou um lugar na presença do Pai celestial e consolo do céu.
Um verdadeiro novo nascimento o renascido demonstrará fome,
como um bebê que chora com fome. Essa é a fome de Deus, de sua voz, do seu
afago e proteção. Agora essa nova mãe ou família cuidará dessa fome auxiliando
na leitura bíblica e todo o cuidado assistencial necessário para que esse ser progrida nessa nova realidade de vida. Sem
dúvida esse é o mais espetacular acontecimento, visto que somente nascendo de
novo se garante a partir daí a vida eterna.
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