Em uma partida de futebol não muito raro acontece de um
jogador fazer um gol contra. Tal situação representa vantagem para o time
adversário e um grande incômodo para quem gera essa desvantagem para o seu
próprio time. Imagine o desconforto diante de si mesmo para quem faz um gol
contra, ainda que peça desculpas, e ainda que seja involuntário, e ainda que
tenha compreensão alheia. Semelhantemente são as propagandas negativas, elas
são como um gol contra, entretanto muitas vezes quem a faz nem percebe isso.
Não é necessário ter um senso tão apurado para se entender
certas coisas e isso inclui a propaganda. Muitas vezes se faz necessário
destacar algo negativo de uma situação, mas isso deve ser feito com respeito e
limite, senão aquilo que se faz se tornará em efeito contrário, como diz o
adágio popular, “O tiro saiu pela culatra”. Aquele que vos escreve de maneira nenhuma se considera expert
e nem o dono da razão sobre o assunto em voga. Ele até reconhece o zelo e as
boas intenções daqueles que publicam certas imagens, porém sabe que não é
aconselhável, na maioria das vezes, colocar uma frase criticando o craque com
uma imagem que demonstre o prazer disso. Embora saibamos que só se usam craque
porque ele traz algum tipo de prazer.
Lembram-se das propagandas de cigarro? Aquelas músicas,
atores e atrizes lindos, cheios de boas maneiras ou aventuras, certos chavões
como “gosto de levar vantagem em tudo”. Depois o Brasil foi amadurecendo e
abandonou tudo isso por ver que não era tão vantajoso assim o produto. Penso
que o mesmo acontecerá em relação a essas propagandas de homofobia, de all out,
lgbt etc.
Outro aspecto negativo é falar demais naquele assunto. Tão
mal quanto o silêncio é a ênfase exagerada da reprovação de uma determinada
atitude, seja ela qual for. Quanto mais se repreende alguém, quanto mais se
reprova, tanto mais esse alguém teimará em fazer determinada coisa.
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