sexta-feira, 12 de julho de 2013


NEM TUDO É O DIABO

Entendo e sei que nem tudo é o diabo, nem tem porque acreditar dessa maneira. Em relação a esse assunto há duas posturas principais. Há aquela que a pessoa acha que seu destino está atrelado a esses seres de natureza espiritual do mal, normalmente esse tipo de pessoa transfere muitas das suas decisões e culpas a eles e a outras pessoas como uma espécie de fuga, sim transfere a sua própria responsabilidade nos fatos, por adotar uma espécie de autocomiseração. Já tive oportunidade de receber alguém e ouvi-la lamentar as suas falhas mais ou menos assim: É eu não vigiei e aí me veio o diabo com aquela tentação e eu cedi; Ah, o diabo me tentou e eu caí. Acredito que todos nós caímos de alguma maneira ante alguma tentação, porém assumamos a responsabilidade. Pedro negou a Jesus e chorou amargamente, não disse que foi o diabo.
Por outro lado, há outro extremo em se recusar em acreditar na existência, influência e ação no mundo social desses seres conduzindo os seres humanos a tentação, doenças físicas e mentais e a prática da maldade em todas as esferas. Quantas pessoas estão enfermas, com doenças psicossomáticas e mentais, caso não encontrem ajuda e tenham a força necessária não conseguirão sair desse labirinto cruel. Apenas a graça maravilhosa de Deus é que levanta o homem de sua triste decadência e encarceramento.  
Cada caso é um caso único e particular, porém o ser humano com um pouco mais de atenção consegue discernir se o que está lhe fazendo sofrer está numa esfera humana, divina ou mesmo demoníaca. O mesmo Criador que dá o discernimento, também oferece ferramentas de como corrigir uma determina situação seja qual for à esfera. Quando o sofrimento tem origem nos espíritos da maldade devemos amarrá-los e expulsá-los. O exercício dessa autoridade e serviço deve ser prioritariamente aqueles que são da família da fé, isto porque alguém que busca apenas um alívio estará fazendo mais mal a si, por se recusar crer no Filho de Deus.
Há uma anedota de púlpito que ilustra isso. Certo homem que se dizia crente resolveu ir ao cinema assistir aqueles filmes para adultos, pornográfico mesmo. E aí ele estava na fila para pagar a sua entrada e chegou um sujeito bem vestido e de boa aparência e lhe perguntou: Você vai assistir a esse filme? – Sim, vou assistir, respondeu o homem que encaminhava para pagar seu ingresso. Daqui a pouco, o mesmo retorna ao “tal cristão” e lhe perguntou novamente: Tem certeza que você vai assistir a esse filme? Seu interlocutor irritado respondeu: Sim, claro que vou. Por que você me pergunta isso de novo? – Então respondeu aquele desconhecido, depois não diga que sou eu. Em seguida, o demônio foi embora.
Por outro lado, muito do sofrimento humano se origina no próprio homem: A falta de maturidade, falta planejamento da vida, atitudes precipitadas, ingenuidade, não obedecer aos pais etc. Nesses casos o melhor é parar e aquietar-se diante de Deus, e buscar sabedoria em fontes seguras: a Palavra de Deus e pessoas sábias de fato.

O sofrimento originado em Deus acontece dificilmente, mas tem sempre um fim terapêutico ligado a soberania divina. Vemos. Por exemplo, que Jó foi grandemente atribulado, sob a permissão de Deus, entretanto o seu fim foi pedagógico, terapêutico e redundou em bênçãos e glória. Todavia, tenha cuidado, pois tem muita gente enferma, traída, etc., achando que Deus tem a ver com esse sofrimento, quando talvez não seja, muito dificilmente seja. A dissolução da ignorância se dará por uma busca de resposta, de bater em portas da oração, meditação e até jejum. Deus é luz e não deixa no escuro quem o busca. Mas lembre-se também, nem tudo é o diabo. 

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