quarta-feira, 22 de maio de 2013

FUNDAMENTALISTAS OU FANÁTICOS?


FUNDAMENTALISTAS OU FANÁTICOS?


Atualmente por meio da imprensa escrita e midiática se presencia com frequência o termo “fundamentalistas”, visando com isso atacar os cristãos evangélicos e católicos praticantes. Sabe-se o poder descritivo de pessoas, seres e coisas que as palavras têm, mas não se pode negar a limitação que às vezes estas possuem. Um mesmo conceito ou palavra sofre alterações naturais ao longo do tempo. Aqueles que gostam do estudo diacrônico da língua e etimólogos sabem perfeitamente disso. Às palavras vão se transformando e ganhando novos formatos e sentidos que os próprios falantes dão com o passar das décadas e séculos. Daí a importância da escrita, da gramática prescritiva, da linguística e da própria educação em si no sentido de tentar inibir um pouco isso.
Toda essa explicação acima se dá para mostrar como os termos “fundamentalistas, fundamentalismo” têm sido maldosamente empregados por meio de pessoas e empresas de comunicação desses últimos dias. O movimento fundamentalista cristão não é de natureza discriminadora, xenofóbica ou homofóbica como alguns acusam. Embora o termo fundamentalista com o passar do tempo tenha em algum momento tido essa conotação, todavia, os verdadeiros fundamentalistas cristãos não possuem um comportamento nocivo a quem quer que seja. Porque como veremos, os verdadeiros fundamentalistas procuram na verdade seguir uma ética condizente com o bom senso, a moderação à luz da Bíblia Sagrada.
O movimento fundamentalista nasceu nos Estados Unidos para fazer oposição ao movimento modernista pós-guerra. A sociedade americana apesar de próspera estava inconformada com algumas questões sociais da época. Nessa inconformidade se encontrava também o abandono por muitos dos principais princípios cristãos, que precisavam de reafirmação naquele momento. Lembremos que naquela época não estava em questão a homoafetividade, como nos nossos dias, mas o crescente descaso das Escrituras e algumas doutrinas fundamentais.
O fundamentalismo bíblico daqueles dias faz relembrar dos cinco pontos da Reforma Protestante: Só as Escrituras, Só a fé, Só a graça, Só Cristo e Só a Deus a Glória. Isso porque essa proposta é o retorno aos fundamentos cristãos da Igreja primitiva. Esse movimento surgiu no Seminário Teológico de Pricenton promovido por dois homens ricos que patrocinaram a elaboração e a distribuição de doze volumes intitulados “Os Fundamentos”. Os cristãos intitulavam-se com prazer a nomenclatura de fundamentalistas, todavia não tinham como objetivo tornar os EUA uma teocracia.
[1]O Fundamentalismo é construído em cinco princípios da fé cristã, embora haja muito mais para o movimento do que a adesão a estes princípios:
1) A Bíblia é literalmente verdadeira. Associada a este princípio é a crença de que a Bíblia é infalível, isto é, sem erro e livre de contradições.
2) O nascimento virginal e a divindade de Cristo. Os fundamentalistas acreditam que Jesus nasceu da Virgem Maria, foi concebido pelo Espírito Santo e era e é o Filho de Deus, plenamente humano e divino.
3) A expiação substitutiva de Jesus Cristo na cruz. O Fundamentalismo ensina que a salvação é obtida somente através da graça de Deus e a fé humana na crucificação de Cristo para os pecados da humanidade.
4) A ressurreição corporal de Jesus. No terceiro dia após a sua crucificação, Jesus ressuscitou dos mortos e agora está assentado à direita de Deus Pai.
5) A autenticidade dos milagres de Jesus como registrados nas Escrituras e a literal e pré-milenar segunda vinda de Cristo à Terra.

Na década de 1980 o termo “fundamentalistas” passou a referir-se aos fanáticos mulçumanos, como um clichê nada elegante, pois mesmo entre os mulçumanos sabe-se que há apenas uma pequena minoria de fanáticos, como há em qualquer grande religião inclusive na crença católica e evangélica. Pelo exposto acima fica claro que chamar os evangélicos e protestantes de fundamentalistas é ofendê-los aos associá-los com assassinos, terroristas etc. Não se sabe de que tais coisas tenham acontecido aqui no Brasil visto que não faz parte do perfil brasileiro, basta examinar a história.
Sabe-se de revoltas de grupos como, por exemplo, de grupos de esquerda liderados por Luis Carlos Prestes, que sendo militar fez uso indevido de armas, revoltas, teve que ser exilado. Tais grupos pelo que se sabe eram financiados com investimentos estrangeiros que visavam tornar o Brasil um país socialista, a semelhança de Cuba, da Coréia do Norte, Alemanha, etc. E que se não fosse a ditadura, os militares, o jeito pacífico do brasileiro seríamos semelhantes a China ou a Rússia. Tais acontecimentos nada tiveram com os desprezados e insignificantes (numericamente falando) evangélicos daquelas épocas.
Hoje lidamos com uma imprensa onipotente que através de seus clichês tentam estigmatizar, intimidar e impor a sua política. A liberdade deve seguir o seu rumo, porém com responsabilidade, pois cada um deve prestar contas do que diz, não só a Deus mas aqui pelo meios competentes. Um verdadeiro fundamentalista volta-se para as Escrituras, para Cristo e para a esperança da sua fé. Um verdadeiro fundamentalista cristão ama o próximo ainda que discorde dos seus pontos de vista, inclusive de natureza sexual. Um verdadeiro cristão ora pela sua nação e não procura manipular resultados.
A propósito o autor deste artigo não é a favor de uma teocracia evangélica, a arte e a ciência governar deve dirigir-se para contemplar o povo como um todo. Visto que somos formados de uma grande pluralidade, mas devemos permanecer um Estado laico.
Fundamentalistas somos sim, porque nos voltamos às Escrituras. Fanáticos e inconsequentes jamais, pois aí já estaríamos desonrando-as. Abraços a todos.











[1] http://www.gotquestions.org/Portugues/fundamentalismo.html

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