sábado, 19 de outubro de 2013

SONHEI E CONTAREI COMO SONHEI

Sonhei um sonho no início deste ano que não me esqueço jamais, foi provavelmente em janeiro e dada a sua realidade que ficou muito vívida em minha memória, não esqueço dele. Já compartilhei na igreja e com várias pessoas. Quero observar que as coisas desse sonho não são coisas da imaginação de um escritor, todavia descrevo com toda a fidelidade como um sonho. Vamos aos detalhes desse sonho perturbador.
Eu me vi andando solitário num dia sem sol, mas cinzento, sem espectaivas e triste. O aspecto do lugar que me cercava era simplesmente depressivo, o lugar em que eu palmilhava era seco como num lugar que não recebia chuva há muito tempo. Havia naquele caminho pedras e poeira, apesar de parecer que não chovia há muito, porém eu não sentia calor nem frio. Aquele lugar tinha apenas um aspecto seco e triste que os seres humanos em sua maioria não gostariam de por ali passar.
Ao final daquele caminho avistei um pequeno monte, olhando de frente nele havia um muro com uma entrada. Umas poucas pessoas muito pobres passavam ao lado de fora daquele muro, tive eu esse entendimento do estado miserável delas, pois elas usavam roupas surradas, como alguém que trabalha na roça e estavam como que muito cansadas ao fim de uma jornada de trabalho. O aspecto daquelas pessoas era de abatimento e caminhavam lentamente. Mas ali não havia qualquer atividade ou trabalho que indicasse tal cansaço e abatimento. Mais parecia que estavam famintas.
Aquele morro murado não era muito alto, mas tinha a mesma coloração do chão que eu pisava, era uma espécie de barro clarinho com um pouco de cascalho tal qual por andei. O muro branco tinha um portal em formato de arco muito simples, ao vê-lo resolvi verificar o que havia ali. Quando ali entrei um padre, responsável pelo lugar veio receber-me, o que fez respeitosamente. Muito simpático, educado e hospitaleiro tratou-me como se já me conhecesse de algum lugar. Em tom amistoso dirigiu-se a mim dizendo:
- Padre Antônio, seja bem vindo.
- Obrigado, padre. Respondi. E pensei, ele está me confundindo com alguma outra pessoa que ele conhece. Logo a seguir, aquele simpático padre me perguntou, olhando-me diretamente:
- Padre Antônio o senhor gostaria de conhecer as nossas dependências?
- Sim, gostaria. Respondi. Nesse momento, meus trajes se tornaram como os dele, uma batina longa e preta. Achei aquilo estranho, mas venho ao meu pensamento: Isso foi obra do Espírito Santo para lhe mostrar algo. Então aquele padre tão gentil pareceu estar preocupado e me perguntou novamente:
- O senhor tem certeza que quer ver? Porque a visão do que você verá não é muito agradável.
- Tenho sim padre. Respondi decididamente.
- Então me acompanhe por favor. Me convidou aquele educado padre, no caminho dizia: há muitas coisas a serem feitas aqui ainda. Ora, eu não via nada de construção por trás daqueles muros, não havia vegetação, água e nem lugar para comer e o aspecto era de um solitário lugar, abandonado e triste.  Porém o que vi diante de mim foi amendrontador.
Vi muitas pessoas deitadas ao chão que clamavam incessantemente a Deus. Vi homens e mulheres como nunca vira antes. Quanto aos seus corpos eu via os seus ossos diante de mim, eles agonizavam em dor e clamavam a Deus dizendo sem parar: Senhor, tem misericórdia de mim. Estranhamente eles eram corpos desencarnados em sua maior parte. Outros, ao invés de puras caveiras tinham partes encarnadas e outras não. Aqueles esqueletos estavam vestidos com roupas normais, mas deitados ao chão forrado com algum tipo de lençol.
Pensei comigo por um momento em algumas coisas: O que eu poderia fazer por essas pessoas? Mas eu me vi impotente em ajudá-las. Por que será que Deus não as ouve, visto que elas clamam de dia e de noite? Conclui, se Deus não as responde, nada há que eu possa fazer por elas. Então, eu sai daquele lugar desolador muito abatido, triste, pois não havia mais esperança para aquelas pessoas. Depois de muitos dias entendi, aquelas pessoas já estavam no inferno e por isso Deus não as ouvia mais. A todos os nossos amigos quero lhes dizer, apenas Jesus Cristo Salva, perdoa e intercede por nós. Como ele mesmo disse: “Eu sou o caminho, a verdade, e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim”, Jo 14.6. Encontrem-se com eles hoje, amanhã poderá ser tarde demais.


Ronaldo Batista Pereira, Pastor.

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